De assistentes generalistas à IA de ponta a ponta, os aprendizados essenciais para a sua estratégia de negócio.

A Inteligência Artificial deixou de ser uma promessa futurista. No entanto, em meio a idealizações e expectativas, a grande questão para muitos líderes de negócio continua sendo: como ir além da idealização e aplicar a IA na prática, de forma estratégica, para gerar resultados reais? No palco do Adapta Summit 2025, a fala de Max Peters, CEO da Adapta, resumiu o sentimento de um mercado em plena transformação: “a inteligência artificial é inevitável”. E já que ela é uma realidade inegável, a escolha inteligente é a adaptação estratégica.

O evento de 2025 foi um verdadeiro divisor de águas, desmistificando o que se idealizava e revelando a diferença entre empresas que já estão prontas para extrair o verdadeiro potencial da IA e aquelas que ainda utilizam o método generalista.

A estratégia de múltiplas LLMs 

Um dos maiores aprendizados do evento foi a superação do modelo “generalista” de IA. Como apontou Nathan Labenz, fundador da Waymark, a maioria de nós se acostumou com a IA como um assistente simples, de “vai e vem”, onde você faz uma pergunta e a missão de determinar se a resposta é útil é sua. Este é o modelo generalista, uma IA que tenta resolver tudo e, por isso, muitas vezes, não aprofunda nada.

O Adapta Summit mostrou que essa abordagem já está superada. Andrea Cerqueira, diretora sênior da Microsoft Brasil, e Felipe Patané, líder de Inteligência Artificial da Oracle na América Latina, reforçaram o ponto: a era do “modelo único” acabou. A verdadeira vantagem competitiva está na capacidade de usar e integrar mais de um Large Language Model (LLM). Em vez de depender de uma única IA, o mercado evolui para a criação de soluções especializadas. Essa abordagem, que combina a força de diferentes modelos, permite respostas mais confiáveis, focadas e adaptadas a tarefas de alta complexidade. É a passagem de uma IA assistente para uma IA parceira, que assume missões maiores e entrega resultados com autonomia e precisão.

A Inteligência Artificial em cada canto do negócio

A visão de que “toda empresa será uma empresa de IA”, trazida por Cláudio Pinheiro, CDO da Dell, ganhou um novo significado no evento. A inteligência artificial não será apenas uma área da empresa, mas uma força que permeia cada processo, agindo como um ou mais agentes para cada colaborador. A IA será a parceira que amplifica o potencial humano, liberando tempo e energia para o que realmente importa.

  • Criatividade: Lucas Rizzotto, artista viral e cineasta premiado, mostrou como a IA se torna uma parceira na criação. Ele provou que a tecnologia não limita a imaginação, mas a amplifica, abrindo um novo universo de possibilidades para artistas e inovadores. Um exemplo marcante disso foi o fato de Rizzotto ter ganhado um prêmio de cinema por um reels, demonstrando como a IA, usada como ferramenta, pode impulsionar talentos a conquistas inéditas. Complementando essa visão, o especialista Gabriel Mineiro, cofundador da Growth Leaders Academy (GLA) e da Merlin, destacou que o valor de um profissional hoje vai além das suas habilidades técnicas e criativas. O grande diferencial é a capacidade de entender onde está o “hype” do mercado e utilizar as ferramentas de IA para transformar a comunicação da empresa em algo inovador e alinhado com as tendências futuras.
  • Análise de Dados e Insights: O evento trouxe à luz cases de sucesso que demonstram o poder da IA na linha de frente com o cliente. Thais Sterenberg, co-fundadora da Elephan.IA, explicou como a análise de comportamento e sentimento nas interações pode ser um indicador crucial, correlacionando-se com a taxa de conversão e revelando os “temperos secretos” dos melhores vendedores. Marcel Silva, VP de AI para a Google Cloud LatAm, complementou a visão sobre o uso estratégico da IA, apresentando cases como o da Dasa, que construiu uma plataforma para consolidar imagens e diagnósticos médicos, e do Banco Mercantil, que usa a IA para analisar gravações de chamadas e identificar melhorias no atendimento. Ambos os exemplos reforçam como a IA pode processar grandes volumes de dados sigilosos para gerar insights valiosos, aprimorando a jornada do cliente e a eficiência do negócio.
  • No Hardware: O alicerce de toda essa revolução é o hardware, e a visão persistente de que ele seria o pilar fundamental para a IA é o que impulsionou a NVIDIA a uma nova era, onde 93% da receita hoje vem do mercado enterprise. Marcel Saraiva, gerente de vendas corporativas da NVIDIA no Brasil, que trabalha há sete anos na empresa, compartilhou a experiência de ser um dos pioneiros a falar sobre IA em um momento em que a marca ainda era vista como uma “empresa de placas de jogos”.

A inteligência artificial é a chave para a eficiência, mas a sua implementação exige um método de experimentação contínua. Alex Winetzki, diretor de P&D do Stefanini Group e CEO da Weappy Stefanini, reforçou esse ponto, citando a frase “experiência é o nome que damos aos nossos erros” para defender que é preciso dar espaço para que a equipe teste e aprenda, garantindo a adaptação e o aprimoramento constante dos processos.

O poder dos modelos abertos da IA

A capacidade de inovar com segurança foi outro ponto fundamental. Luciano Martins, AI Developer Advocate do Google DeepMind, abordou o uso de modelos abertos, como o Gemma 3. Ele destacou o desafio das empresas de usarem dados sigilosos, como prontuários médicos, informações financeiras e dados pessoais de clientes, em serviços de nuvem onde elas não têm total controle. A solução, segundo Luciano, é simples e poderosa: a possibilidade de que as empresas tenham a sua “própria” IA, rodando sob seu controle total. A tecnologia de modelos abertos devolve o controle aos clientes, permitindo que cada empresa desenvolva sua IA, focada no que o seu negócio precisa, com agentes relevantes e insights poderosos para o seu negócio, tudo com total segurança e controle.

O jeito certo de começar a usar IA

Max Peters, CEO da Adapta, trouxe a grande questão sobre como se começa a usar a IA: o caminho para o sucesso não é buscar um agente perfeito, mas iniciar pela “amplificação”. O jeito certo de usar a IA é com ferramentas fáceis e intuitivas, que aumentam a produtividade de cada colaborador de forma imediata. O objetivo é que essa produtividade se espalhe em um efeito cascata, começando na liderança e depois alcançando toda a equipe. Ele citou a Adapta One, plataforma da sua própria empresa, como um exemplo desse ecossistema, que permite o uso de múltiplas LLMs e o desenvolvimento de “Experts” e contextos personalizados, servindo como uma porta de entrada para a IA nas empresas, oferecendo tanto a solução B2C quanto a enterprise.

Uma visão para o futuro

Apesar de todas as inovações tecnológicas e insights de especialistas, o Adapta Summit 2025 reforçou uma verdade crucial. A maior revolução da IA não é uma tecnologia grandiosa, mas uma transformação interna. A verdadeira evolução não é um salto, e sim uma jornada que começa com a automação de pequenas tarefas no dia a dia. A ideia é “automatizar coisas primeiro e se preocupar com o próximo passo depois”. O ganho não está em esperar o plano perfeito, mas em fazer agora, com a tecnologia certa para facilitar a rotina.

Essa visão se conecta com o nosso posicionamento: a tecnologia é uma ponte que conecta possibilidades. O futuro não nos espera, ele é construído. E a IA é a ferramenta que nos permite construir de forma mais inteligente, segura e colaborativa.

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